segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Por uma política de preservação da memória


Na última aula acertamos que nos encontraríamos para uma palestra que haveria no dia 25/10, na Praça do Ferreira, sobre "A Preservação da Memória Nacional Através do Papel", com a palestrante Ana Maria Bocayúva. Esta palestra era uma dentre as muitas que aconteceram nos eventos: III Encontro Nacional de Bibliófilos e paralelamente, a Feira do Sebo, realizados pela Associação Brasileira de Bibliófilos e Centro Cultural Adolfo Caminha, respectivamente, onde o prósito das mesmas era fazer a democratização da leitura, por meio da venda de títulos a preços acessíveis. Ali se reuniram livrarias e sebos especializadas nesse comércio( a exemplo, cito o livreiro Sobral) e exposições de obras raras, palestras com escritores e pesquisadores, além da exibição de documentários sobre momentos da literatura cearense (por exemplo, a história da Padaria Espiritual).

Cheguei um pouco tarde à palestra, pois mais cedo fui à Biblioteca Estadual para participar de uma palestra sobre cultura (tema de mais uma pesquisa para um artigo da mesma professora!) e também, para os meus filhos assistirem às contações de histórias e escolherem algum livro para levarem pra casa. No mais, fiquei muito gratificada por um dia tão construtivo, a palestra da Bibliófila foi rica em detalhes históricos e fiquei até constrangida de fazer alguma pergunta (por incrível que pareça), pois, só aprendi.

A palestrante é uma especialista em colecionar os primeiros documentos escritos e impressos no Brasil até o período Regencial. Citou,como exemplo, alguns destes que ainda se encontram no país, a Carta de Abertura dos Portos, decretos militares (extrações de salitre e pólvora ), e que na Bblioteca Nacional existe a Carta do Fico e da expulsão da esquadra portuguesa da Baía de Guanabara. Também, informou-nos que infelizmente não possímos a coleção completa das correspondências de D. Pedro a D. João e que muitos documentos relacionados ao nosso país se encontram, em maior quantidade e no poder, de países europeus, na Suécia e Estados Unidos. Dos poucos que ainda restam no Brasil, estão em péssimo estado de conservação e que a durabilidade destes no país é de 200 anos , devido o clima que os deterioriza mais facilmente, além do pouco incentivo de ajuda do governo em preservar nossa memória histórica.

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