quarta-feira, 4 de junho de 2008

A Leitura das "minhas músicas"

O que de cada música incorporo a minha realidade
Ficando indecisa em que tantos refrões juntar
Num único pensamento linear
De melodias e sensações
Que me invadem e me fazem viajar
Num mundo de soluções que tendem a satisfazer
Aos sentimentos que me assaltam
Me propondo ir ou vir nas minhas decisões
E retornando ao que era o começo.

Sobre "meus livros"

O sono como descanso

Impede-me do aprofundamento de minhas leituras

Tamanho o prazer nessas buscas

Às vezes gostaria de dominar essa necessidade

Mas a curiosidade me arrebata

Fico na ânsia de não abster-me do conhecimento

Sinto que me realizo a cada descoberta

Que faço parte do mundo e que posso modificar-me (lo)

E que tenho uma longa estrada a seguir...

O que me opõe, mesmo, são minhas "responsabilidades"

Que devem ser cuidadas devidamente

Até que eu não seja mais tão necessária.

Ah, o contentamento descontente!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A temática dos livros...


Hoje foi dia de explanação sobre o livro que escolhemos sobre o tema leitura. Escolhi um bem parecido com o meu cotidiano: "A criança e o livro: guia prático de estímulo à leitura", organizado por Laura C. Sandroni (especialista em literatura infantil e juvenil, participante do projeto Ciranda da Leitura) e Luiz Raul Machado (autor de livros infantis). Este livro possui algo de didático no quesito estímulo e também soma-se ao relato de experiências em bibliotecas e em salas de aula como sugestões diversificadas pela família, escola, etc. Uma das falas que mais chamou-me a atenção é a que trata a leitura como algo não instintivo e sim um hábito adquirido gradativamente, onde se faz necessária a apresentação desse material (jornal, livros ou revistas) ao aprendiz da leitura, sempre respeitando seu nível de aprendizado, enfocando a divisão destes em faixas de interesse ou etárias. Para isso a existência de produções literárias específicas para crianças e jovens; as literaturas infantis e juvenis. Apesar de um livro muito interessante, embasado por indicações bibliográficas, devemos levar em conta que em nosso país, por motivos sócio-econômicos e culturais, não se lê e o custo desses livros ainda é elevado, o que causa uma escolha entre o que seria essencial para a manutenção da família e o que seria "supérfulo". Mas, para tanto, temos incentivo advindo de projetos que visam facilitar o acesso ao livro por incentivo de doações destes à populações carentes, este, sendo um dos vários projetos já elaborados. Para a próxima aula, falaremos sobre as pesquisas nas bibliotecas escolares.

Reta Final


Acabamos por não ter aula hoje, mas foi-nos dada mais propostas de trabalhos; teríamos que escolher um livro que falasse sobre leitura, qualquer um; depois teríamos que, em grupos, fazer uma pesquisa em bibliotecas escolares e entrevistar o bibliotecário ou responsável pela biblioteca e procurar saber sobre algum projeto ou atitudes que pudessem integrar os alunos e a leitura. Também, foi marcado o dia da avaliação final dos blogs.
É, ainda muito trabalho pela frente, mas com jeito de saudosismo...

Por uma política de preservação da memória


Na última aula acertamos que nos encontraríamos para uma palestra que haveria no dia 25/10, na Praça do Ferreira, sobre "A Preservação da Memória Nacional Através do Papel", com a palestrante Ana Maria Bocayúva. Esta palestra era uma dentre as muitas que aconteceram nos eventos: III Encontro Nacional de Bibliófilos e paralelamente, a Feira do Sebo, realizados pela Associação Brasileira de Bibliófilos e Centro Cultural Adolfo Caminha, respectivamente, onde o prósito das mesmas era fazer a democratização da leitura, por meio da venda de títulos a preços acessíveis. Ali se reuniram livrarias e sebos especializadas nesse comércio( a exemplo, cito o livreiro Sobral) e exposições de obras raras, palestras com escritores e pesquisadores, além da exibição de documentários sobre momentos da literatura cearense (por exemplo, a história da Padaria Espiritual).

Cheguei um pouco tarde à palestra, pois mais cedo fui à Biblioteca Estadual para participar de uma palestra sobre cultura (tema de mais uma pesquisa para um artigo da mesma professora!) e também, para os meus filhos assistirem às contações de histórias e escolherem algum livro para levarem pra casa. No mais, fiquei muito gratificada por um dia tão construtivo, a palestra da Bibliófila foi rica em detalhes históricos e fiquei até constrangida de fazer alguma pergunta (por incrível que pareça), pois, só aprendi.

A palestrante é uma especialista em colecionar os primeiros documentos escritos e impressos no Brasil até o período Regencial. Citou,como exemplo, alguns destes que ainda se encontram no país, a Carta de Abertura dos Portos, decretos militares (extrações de salitre e pólvora ), e que na Bblioteca Nacional existe a Carta do Fico e da expulsão da esquadra portuguesa da Baía de Guanabara. Também, informou-nos que infelizmente não possímos a coleção completa das correspondências de D. Pedro a D. João e que muitos documentos relacionados ao nosso país se encontram, em maior quantidade e no poder, de países europeus, na Suécia e Estados Unidos. Dos poucos que ainda restam no Brasil, estão em péssimo estado de conservação e que a durabilidade destes no país é de 200 anos , devido o clima que os deterioriza mais facilmente, além do pouco incentivo de ajuda do governo em preservar nossa memória histórica.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Percepções de leitura



Um tema bem sugestivo esse do texto "O impacto da leitura" extraído do livro "A leitura", de Vincent Jouve, onde analisa a influência das leituras no público em que a relação do leitor com o texto é sempre receptiva e ativa ao mesmo tempo, onde o leitor condiciona a experiência implícita no texto ao seu mundo, permitindo-se a experimentação de situações em que não viveria normalmente.
Podemos, também, exemplificar uma situação diferente da confirmação de si, o sujeito se redescobre graças à leitura, pois, em circunstâncias apresentadas em textos em que o leitor não se familiariza, algo lhe toma a atenção por um aspecto de sua personalidade que estava inconsciente.

Qual a diferença entre Letramento e Alfabetização?


Hoje a finalidade da aula estaria em discutirmos esse questionamento. O texto que estudamos foi extraído do livro de mesmo título: Letramento e Alfabetização, de Leda Verdiani, onde procura dialogar sobre o analfabetismo das crianças e daqueles que não puderam estudar e ao mesmo tempo daqueles que já saíram das escolas, com os educadores como interventores do letramento. A diferença entre os termos "alfabetização e letramento" está em que o primeiro leva (ainda) um conceito rígido de que a escrita adquirida para a habilidade de uma decodificação da língua na leitura por um processo de instrução formal escolar. O segundo está disposto ao indivíduo que sabe ler e escrever, mas principalmente ligado às práticas sócio-interacionistas da escrita, de forma a alcançar objetivos próprios, desenvolver conhecimentos e o próprio potencial e participar ativamente da sociedade. Percebemos, então, que o grau de letramento influencia num ser pensante e crítico, pois se somente se decodifica um texto, mas não o entende, isso torna o indivíduo um ser apático, um analfabeto funcional.
Portanto, se faz necessário que o educador esteja preparado para reformular um padrão de ensino em suas escolas infantis e médias para os parâmetros com contexto interdisciplinar, por isso a existência de projetos como o "Pró-Letramento" que serve como uma reciclagem para esses mediadores.
Para mais informações sobre os assuntos aqui relacionados, faço indicações dos sites:
www.olharvirtual.ufrj.br/2006/imprimir.php?id_edicao=132&codigo=
www.inep.gov.br/internacional/pisa.